Cavalo de lida: a máquina do campo!

Com papel significante na pecuária, os equinos demandam cuidados sanitários periódicos para desempenharem a sua função com excelência

Donos de incomparável força, agilidade, resistência e inteligência, os equinos destinados à lida no Brasil já passam a marca de 4 milhões, sendo uma importante engrenagem para o agronegócio nacional e especialmente para as fazendas destinadas à pecuária de corte e leite.

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Assim como o maquinário que faz parte do dia a dia de pecuaristas e produtores rurais, os cavalos de lida demandam alguns cuidados específicos para que a sua robustez e potencial de trabalho sejam desempenhados em seu máximo, mantendo as melhores condições de saúde e bem-estar para estes animais.

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“Apesar de sua robustez, o cavalo é um animal sensível. Para conseguir desempenhar toda a sua função sem desenvolver problemas de saúde ou mesmo comportamentais, é muito importante manter os cuidados sanitários periódicos referentes ao animal”, conta a médica-veterinária gerente da linha equestre da Ceva Saúde Animal, Pollyana Braga.

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Diferente dos equinos destinados ao esporte, é comum observar aos animais do campo uma menor atenção referente ao calendário sanitário, assim como um trabalho mais intenso e estressante, fatores que podem adoecer o animal ou reduzir o seu desempenho em funções que são primordiais para o bom funcionamento da fazenda.

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“De certa forma, é possível comparar com um carro ou um trator, que você precisa fazer as manutenções preventivas para garantir que exercerá suas funções adequadamente, caso contrário uma gama de problemas pode surgir”, explica a profissional. “O produtor sabe que máquina parada é prejuízo certo, o mesmo vale para o equino de lida”.

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Para evitar perdas de produtividade ou mesmo afastamento do animal das suas tarefas por motivo de doença, a vacinação com reforços anuais e a vermifugação periódica da tropa devem estar presentes no calendário de todas as fazendas.

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“As verminoses são quase sempre muito silenciosas, mas derrubam o desempenho do animal e provocam problemas que podem variar de anemia à síndrome cólica, incluindo quadros de impactação/compactação intestinal, que demandam cirurgia para serem resolvidos, e podem provocar a morte do animal”, Pollyana alerta. “Já a vacinação, incluindo as vacinas contra as doenças respiratórias mais frequentes (Garrotilho e Influenza), é a melhor arma do produtor para prevenir doenças importantes no seu plantel e até mesmo evitar surtos que possam acometer todos os seus equinos em um curto período”.

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Nutrição e hidratação também são pilares fundamentais do manejo básico dos equinos de lida no dia a dia. Estes dois pontos buscam repor a energia e todos os líquidos e minerais perdidos durante o dia de trabalho, assim como fornecer os nutrientes adequados para a musculatura e demais tecidos e órgãos.

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“O cavalo de lida chega a perder 12 litros de água por hora na transpiração, o equivalente a 10% do seu peso vivo. Estes animais precisam ter acesso à água limpa e fresca a vontade, e podem consumir entre 30 e 80 litros por dia, e também ter acesso ao sal mineral específico para a espécie a fim de compensar as perdas que ocorrem através do suor”, detalha. “Um volumoso de boa qualidade é essencial, e deve ser ofertado ao animal em forma de feno, equivalendo entre 1%-1,5% do peso vivo do equino, ou capim verde, equivalente entre 3%-4% do peso vivo”.

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O relaxamento e o descanso destes animais também não devem ser deixados de lado, e Pollyana lembra da importância da limpeza dos cascos, casqueamento e ferrageamento periódicos, além das duchas ao final do dia nos membros e no corpo a fim de proporcionar resfriamento e o relaxamento da musculatura, tendões e ligamentos do animal. Sem esquecer do rodízio dos equinos na lida, que devem ter 1 dia de descanso a cada dia trabalhado.

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“O manejo ideal do cavalo de lida amplia o potencial que estes animais têm para a execução de suas tarefas. Cuidados frequentes garantem um trabalho cada vez mais eficiente, e investir nas melhores condições de saúde e bem-estar para estes animais traz como consequência uma vida útil mais longa para o equino, com mais qualidade, mais saudável e com um maior rendimento no trabalho”, finaliza.

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