No ano de 2022, o sistema de criação de bovinos em confinamento teve crescimento de 4% no território brasileiro e vem sendo cada vez mais procurado pelos pecuaristas por apresentar vantagens como a redução da idade dos animais ao abate, uma melhor qualidade na carne produzida, carcaças mais bem acabadas e mais bem padronizadas para a comercialização, maior produção de carne por hectare e otimização do fluxo de caixa. Entretanto o sistema conta com desafios, como estratégias de compras de insumos e de vendas dos animais para abate, por exemplo. No campo sanitário a DRB (Doença Respiratória Bovina), apesar de geralmente não ser a enfermidade de maior morbidade é aquela de mais alta letalidade (relação entre animais que apresentam a doença e que vão a óbito). Além disso, mesmo animais que recebem tratamento e não vão à óbito, têm queda de desempenho, exigindo mais tempo para alcançar o peso de abate e apresentam carcaças de pior qualidade.
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A DRB é uma doença multifatorial e acontece por um desequilíbrio das defesas naturais das vias aéreas superiores dos bovinos. Este desequilíbrio favorece a multiplicação de bactérias que naturalmente habitam estes locais e as mesmas seguem para os pulmões, onde se multiplicam, desencadeiam um quadro inflamatório grave e podem produzir substâncias nocivas (toxinas) que destroem os tecidos pulmonares.
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“Normalmente a enfermidade de maior letalidade (aquela que mais mata) nos confinamentos de bovinos de corte é a DRB, e isso acontece porque muitas vezes o diagnóstico é tardio resultando em retardamento para o início do tratamento. A doença tem uma rápida progressão, por isso estar atento aos seus sinais nos animais é muito importante, principalmente no início do confinamento”, explica Marcos Malacco, médico veterinário e gerente de serviços veterinários para bovinos da Ceva Saúde Animal.
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Quase sempre o início dos confinamentos coincide com o período mais seco do ano, época que contribui para o excesso de poeira no ambiente. Adicionalmente, as situações de estresse as quais os animais são submetidos na transição entre as propriedades, como transporte por tempo prolongado com racionamento de água e comida, a mistura de animais de origens múltiplas para a formação de lotes, as disputas por hierarquia nos novos lotes formados e mudança de dieta podem contribuir para a queda de imunidade natural do animal e uma maior susceptibilidade à DRB. O acúmulo de matéria orgânica, umidade e lama nos currais de confinamento também podem contribuir para a produção de gases irritantes para as vias aéreas que poderão ser irritantes ao trato respiratório superior.
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Os primeiros 45 dias de confinamento costuma ser os mais desafiadores para os animais, especialmente as 3 primeiras semanas. Além do aumento da taxa de mortalidade do rebanho confinado, os animais afetados pela DRB têm o ganho de peso médio diário (GMD) severamente comprometido, demandando um maior tempo confinado para alcançar o peso de abate, com qualidade e rendimento de carcaça prejudicados.
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“Os principais sinais de DRB em um animal confinado são: depressão (cabeça e orelhas caídas), corrimento nasal, lacrimejamento, febre, desidratação (“olhos fundos”), tosse, isolamento, relutância em andar cansando-se facilmente, respiração com a boca aberta e as vezes ruidosa, “vazio” fundo (não está comendo). Por isso as rondas sanitárias precisam ser mais criteriosas, e nas primeiras semanas do confinamento deverão ser realizadas preferencialmente duas vezes ao dia, observando atentamente os animais, estimulando-os se levantarem e caminharem”, reforça o médico veterinário. “Animais com suspeita da doença devem ser levados ao curral enfermaria ou de manejo, examinados mais criteriosamente e se necessário tratados rapidamente. No tratamento da DRB duas abordagens são de grande importância, a eliminação da infecção e o controle efetivo do processo inflamatório. Tratar apenas a infecção e não tratar adequadamente a inflamação pode levar a recuperação parcial do animal, prejudicando seu desempenho futura, a qualidade de sua carcaça ou mesmo predispondo-o a morte”.
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Para atuar de forma eficaz e rápida contra o quadro inflamatório, os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são os mais indicados, especialmente o Meloxicam que inibe de forma preferencial a enzima COX-2 ou Cicloxigenase 2, que é produzida nos processos inflamatórios e responsável pela produção de substâncias que irão determinar e agravar os danos da inflamação. Já para o tratamento da infecção há antibióticos altamente efetivos, com baixos índices de resistência pelas principais espécies bacterianas envolvidas. O Florfenicol resume tais características.
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“No mercado nacional, chegou no segundo semestre de 2021 o Zeleris®, um produto que apresenta a associação exclusiva destes dois fármacos, com formulação que permite o controle da infecção e da inflamação por período adequado após uma única injeção sendo o único medicamento que reúne Meloxicam e Florfenicol na mesma formulação. Ele permite rápido início e persistente do controle da infecção, além de ação duradoura contra a inflamação. Por ser de dose única, Zeleris® proporciona menos manejos e redução do estresse aos animais tratados, cuida da saúde e do bem-estar do animal”, finaliza.
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Um combate eficiente à doença favorece toda a pecuária nacional, tornando a cadeia mais produtiva, competitiva e rentável para o pecuarista.
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