Garrotilho, nome popular da Adenite Equina, é uma enfermidade infectocontagiosa do trato respiratório anterior dos equinos, com grande incidência nos rebanhos nacionais, atingindo animais de todas as idades e com maior prevalência em animais entre 1 e 5 anos.
“As doenças respiratórias ocupam o segundo lugar entre as enfermidades limitantes dos equinos, atrás apenas das injúrias do sistema locomotor”, conta Baity Leal, gerente da linha de Equinos da Ceva Saúde Animal. “Apesar do Garrotilho apresentar uma baixa letalidade, quase não causando mortes, a doença tem potencial de acometer todo o rebanho de equinos, gerando prejuízos econômicos principalmente com a perda de performance dos animais e o custo do tratamento”.
A enfermidade pode ocorrer durante todas as épocas do ano, com picos de maior incidência nas épocas mais frias e úmidas, que favorecem a sobrevivência e proliferação do agente infeccioso. Em regiões com essa característica prevalente de clima, os animais são mais susceptíveis à infecção.
Sua causadora é a bactéria Streptococcusequi (S. equi), que se instala nas células epiteliais da mucosa nasal, bucal e nasofaríngea dos equinos, formando abscessos nos linfonodos da região do pescoço do animal (retrofaríngeos e submandibulares). Após cerca de 14 dias, os abscessos rompem e liberam no ambiente uma secreção purulenta contendo a bactéria.
“O Garrotilho é considerado uma doença de rebanho, com maior facilidade de transmissão nos momentos de aglomeração de animais através do contato direto com o animal doente, ou pelo contato indireto através de secreções presentes em utensílios compartilhados, bebedouros, estábulos e até mesmo na pastagem”, explica Baity. “Existem também os animais que são assintomáticos, que são portadores da bactéria e acabam se tornando fontes de infecção por meses, já que não manifestam sintomas. Estes indivíduos são muito comuns em propriedades com surto de difícil controle”.
O tratamento se baseia no estágio da doença, com administração de antibióticos para animais que não apresentam abscessos de linfonodos, e punção e drenagem dos linfonodos nos animais que apresentam abscessos. Podendo associar fluidoterapia e medicamentos expectorantes.
“Outro pilar importante no tratamento é o isolamento de pelo menos quatro semanas dos animais infectados, para evitar que eles acabem contaminando os outros animais. Além disso, a desinfecção de todas as instalações por onde os animais acometidos estiveram é importante para barrar a transmissão”, esclarece Baity.
A vacinação é a forma mais eficaz para evitar ou reduzir os prejuízos causados pela doença, seja pelo aumento dos custos da mão de obra e do tratamento, seja pela perda de desempenho dos animais e seu isolamento necessário. “As vacinas contra Garrotilho têm sido aprimoradas cada vez mais, aumentando sua potência protetiva. Os animais não vacinados devem receber 3 doses num intervalo de 2 a 4 semanas, e o reforço da vacina precisa ser anual, para todo o rebanho”, finaliza Baity.
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