A ampla maioria dos bovinos no Brasil é criada em regime extensivo, em contato frequente com o pasto, o que os deixa expostos a uma gama de parasitas internos e externos. As verminoses, mesmo que não demonstrem claramente sinais, interferem no apetite e no aproveitamento dos nutrientes, prejudicando o desempenho dos animais.
“A presença destes endoparasitas, mesmo que não claramente demonstrada, determina perdas, elevando os custos de produção. Nos animais em crescimento as principais verminoses gastrointestinais interferem no desenvolvimento corporal e no ganho de peso, alongando a fase de recria”, explica Marcos Malacco, médico-veterinário gerente de serviços veterinários para bovinos da Ceva Saúde Animal. “Um rebanho em recria, sem a aplicação de um programa efetivo e estratégico para o controle das principais verminoses, pode ter atraso para o alcance da maturidade sexual, do peso mínimo para a entrada na reprodução e para o início do período de engorda e terminação”.
Casos de verminose clínica em bovinos, em que os animais demonstram claramente sinais do parasitismo, são pouco frequentes no Brasil. Estima-se que entre 90% e 95% dos casos de verminoses nos bovinos mantidos a pasto no país sejam de manifestação subclínica, quando sinais claros não são percebidos, mas que interferem na conversão alimentar e na qualidade das carcaças após o abate, dentre outros prejuízos ao produtor.
“Um estudo realizado no Brasil (GRISI et al., 2014) estimou as perdas diretas e indiretas ocasionadas pelas principais parasitoses dos bovinos. Os pesquisadores concluíram que tais perdas aproximam-se dos 14 bilhões de dólares ao ano e, as infecções por vermes redondos gastrintestinais, apesar de não claramente percebidas, são responsáveis por mais da metade desse valor”, reforça o médico-veterinário.
Malacco explica que os animais em recria são os mais impactados negativamente pelas verminoses, uma vez que estão em pleno desenvolvimento corporal. Portanto, essa categoria exige que os programas de controle das principais verminoses sejam bem elaborados e que visem proporcionar um bom desempenho.
Outros estudos demonstram que no gado de corte à pasto, um tratamento com produto efetivo e que proteja os animais por mais tempo contra reinfecções, já deve ser realizado nos animais entre os 3 e 5 meses de idade, momento um pouco antes do início da recria de maneira geral no Brasil. Além das verminoses, programas bem elaborados para controle das infestações pelos principais ectoparasitos também é necessário a fim de possibilitar um bom desempenho.
Assim, a adoção de protocolos sanitários que contemplem a vermifugação dos animais jovens e em recria é fundamental para que o gado se desenvolva de maneira saudável, controlando as cargas de endoparasitos à níveis aceitáveis nos animais e possibilitando a redução da população dos principais parasitos no ambiente (pastagens).
“Dentre todas as possibilidades de protocolos sanitários para a recria, conseguir associar o controle das infecções pelos principais vermes gastrointestinais do rebanho, com a proteção contra a segunda geração dos carrapatos, que normalmente ocorre em torno da metade do verão nas regiões de clima temperado, ou da estação mais chuvosa nas regiões tropicais no Brasil, é fator importante para ganhar agilidade e praticidade com a mão de obra da fazenda”, Malacco elabora. “O emprego de produtos endectocidas a base de ivermectina concentrada tem se mostrado excelente aliado para o controle global das principais parasitoses dos bovinos. Alguns destes produtos permitem um longo período de controle das verminoses, dos carrapatos e outros ectoparasitas. É um controle eficiente com manejo eficiente, garantindo a sanidade dos animais e melhorando o retorno financeiro para o produtor”, finaliza.
Amiga do bem-estar animal e parceira do produtor, a Ceva tem em seu portfólio o Ticson® 3.50, endectocida concentrado contendo a Ivermectina na concentração de 3,5%. O produto atua contra as principais verminoses do gado, controla às infestações pelo carrapato bovino (Rhipicephalus microplus) e pelo berne. Ticson® 3.50 apresenta uma formulação tixotrópica e é recomendado na dose de 1 mL/50 Kg de peso vivo, aplicada através da via subcutânea. Esse tratamento permite o controle das infecções pelos principais vermes gastrointestinais por até 63 dias e as infestações pelo berne por até 70 dias. Após a aplicação do Ticson® 3.50, altas concentrações de ivermectina chegam rapidamente ao plasma sanguíneo dos animais, iniciando rapidamente o controle dos principais parasitos, caindo lentamente ao longo do tempo. A carência para o abate é de 109 dias. O produto não deve ser aplicado nas vacas leiteiras que produzam leite para consumo humano.
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